Hora de acordar

Por Tiago Melo.

Após semana conturbada, o Campinense fez uma boa partida diante do Botafogo, mesmo sabendo que não se deve achar um resultado agradável empatar em casa. Mas, pela forma que entrou em campo, carregando na bagagem uma derrota humilhante para o Treze e um bloqueio de bens e utensílios na mesma semana, foi de bom agrado.

“Passado esses problemas”, o clube volta a ter uma expectativa, não pelo titulo, e sim pelo que possa vir pela frente em relação a sua parte administrativa. É utopia acreditar em titulo. Porém, não podemos deixar de comentar o cenário administrativo que o clube vive.

A falta de crédito de uns, a desorganização de outros e acima de tudo a vaidade dos atuais em ter o mínimo de respeito pela imensa torcida e reconhecer o fracasso enquanto é tempo, são fatos que andam atrapalhando a vida do clube.

Estamos às portas da Série C - e graças a Deus - existe uma Copa do Mundo no meio disso tudo. Dá tempo de mudança. Dá tempo de reconhecimento, e as vozes de alguns membros desta mesma diretoria e de pessoas que estavam dando sustentabilidade a diretoria, serem ouvidas.

O pedido de união não existe mais. Agora o pedido é de renúncia por parte de pessoas que não têm capacidade sequer de arrumar um patrocínio, não tem capacidade sequer de arrumar uma liminar, sem ter ajuda de ex – colaboradores. A carapuça cabe a quem servir.
O Campinense Clube não é órgão para estágios. Quem não deu para fazer nada no Paraibano vai conseguir o quê numa Série C?

Lembrem que nossa federação irá bater de frente com outras federações. E nos bastidores a nossa perde feio. Se não tiver pessoas que saibam os caminhos, a experiência, o clube PODE ter mais uma decepção. Vamos acordar!

O que passou, passou. As dívidas trabalhistas existem desde que o Campinense profissionalizou-se. Só quem não respondeu por este tipo de divida foi o saudoso Gilvan Barbosa. Então, o que a Justiça determina, é para se cumprir. Se não tiveram a capacidade de honrar com tal, não ponham culpa em quem passou. Como diz um ditado popular: Quem não pode com o pote, não pegue na rodilha.